Somos o que pensamos, somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos.
Nem a meio do caminho cheguei: estou a crescer e vou coleccionando lições de vida como conchas da praia. Tenho poucas coisas realmente minhas e que, incondicionalmente, estão do meu lado por isso agarro-me a elas e à vida.
Dou valor ás pequenas coisas: é nelas que procuro a felicidade.
Acredito que há um momento oportuno, um lugar exacto e uma hora certa à minha espera. Acredito que um dia, distraída com outra coisa qualquer, vou alcança-lo.
O tempo que perdi nunca mais o volto a encontrar por isso a melhor maneira de preparar o futuro é vivendo bem o presente. Sei que, por vezes, todos nós precisamos de tempo para arrumar os pensamentos mas também sei que, quanto mais fechamos os olhos melhor vemos.
Adoro amizades inabaláveis, telepatias imprevistas, conversas intermináveis. Adoro rir.
Adoro o calor da cama dos meus pais, eterna menina.
Adoro dançar horas sem parar, fechada no quarto.
Adoro o rio.
Sabemos de ante-mão que ninguém é perfeito até te apaixonares por essa pessoa. O amor é daquelas coisas que acontece, vem não sei como e entra sem pedir licença, quando se vai embora dói e eu nem entendo porquê. A amizade aprende a aceitar os defeitos e a perdoar os erros. E, ás vezes, é muito mais fácil para a Amizade do que para o Amor.
O tempo passa depressa e depressa tudo muda. Hoje para mim é uma certeza amanha riu-me daquilo que escrevi. Vivo numa metamorfose de pensamentos, sentimentos e gostos. Tenho uma constante: os ideais que não dispenso, os princípios em que acredito. É a maior herança que um pai pode dar aos seus filhos.
O que mais me custa na vida não são os seus obstáculos, os erros que todos (sem excepção) cometemos, as desilusões que sofremos, tudo o que perdemos pelo caminho. O que mais me custa na vida é magoar sempre mais as pessoas que mais amo. É sentir que as desiludi. É saber que nem sempre tiveram razões para se orgulhar de mim.
Procuro isso. Procuro sentir que os meus pais se podem orgulhar de mim. Mas sinto-me, muitas vezes, imperfeita.
No fundo, a vida é um livro que vamos escrevendo cada dia. Um livro que devemos deixar os outros desfolhar, quem sabe, ler.
Agarro-me à minha força e tento fazer, cada dia, melhor.
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