Não há nada que eu queira mais do que ser feliz. Esse é (sempre foi) o meu maior sonho. Construir a minha felicidade, encontra-la, lutar por ela, ser feliz com tudo aquilo que conseguir alcançar. Para isso, sempre acreditei que o melhor era escolher aquilo que o nosso coração manda. Mesmo que isso signifique uma coisa disparatada. Mesmo que isso signifique ir contra a maré. Sempre acreditei que era isso que eu devia fazer, sempre. Qualquer que fosse o momento. Qualquer que fosse a etapa. Qualquer que fosse o assunto. E fiz desta uma das regras mais valiosas que guardo para mim e que nunca pretendo quebrar. É tão simples e fácil quanto isso. Não, não é. Quem me dera a mim que fosse. Quem me dera a mim que o mundo inteiro pensasse da mesma forma que eu. Que o mundo inteiro tivesse esta mesma noção de felicidade. Aquela que se luta e que se alcança com as nossas mãos, de mangas arregaçadas. Quem me dera que o mesmo mundo encontrasse a felicidade nas pequenas e insignificantes coisas onde eu a encontro. A brincar na chuva. A correr de pés descalços à beira-mar. Num sorriso. Num abraço. Na certeza de que seremos sempre fieis aos nossos amigos. Leais. Na certeza que vamos ser sempre honestos connosco mesmo. E isto, desenganem-se, não quer dizer que não vamos cometer erros. Apenas quer dizer, e é só isso, que esses erros serão sempre perdoáveis. E esta é a minha ideia de felicidade: lutar por aquilo que o nosso coração manda. E tentar sempre ser o melhor possivel. Não é fácil nem é garantido. Mas é uma regra das mais bonitas que guardo. Guardo porque acho que foi aquela que os meus pais me ensinaram. Ensinaram-me a tabuada e obrigaram-me a ler Os Maias. Mas, sobretudo, disseram-me que o mais importante era ser aquilo que eu queria ser. E essa liberdade deu-me espaço para tomar as minhas decisões com apenas uma coisa em mente: a minha paixão. E eles disseram-me em todos os momentos que não se escolhem as coisas fáceis. Escolhem-se as coisas que mais gostamos e, se forem dificeis, trabalha-se. Os meus pais ensinaram-me, desde pequena, as lições mais insignificantes. Mimaram-me mas ensinaram-me a generosidade. O ser bom. O dar um sorriso sempre ao próximo. Não me tornaram a rapariga mais independente do mundo ou a mais forte. Mas tornaram-me sensivel, preocupada com o que me rodeia, sem medo de presseguir os meus sonhos. E eu, na minha ingenuidade, mesmo quando todo o mundo me mostra o contrário, continuo a achar que esta é a forma mais bonita, a lição mais bonita, que um pai pode dar ao seu filho. Pode não fazer de mim a rapariga mais bem sucedida, com melhores notas ou com mais dinheiro... Mas torna-me, e disso tenho cada vez mais a certeza, a rapariga mais feliz.
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