segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sobre 'abrir novamente o coração'


Quando sofremos uma desilusão. Uma daquelas que doem, que magoam. Feridas que custam, verdadeiramente, a passar. A questão que nos colocamos muitas vezes é esta mesmo: será que vamos ser capazes de voltar a confiar assim em alguém? será que vamos ser capazes de voltar a amar com a mesma intensidade? voltar a entregar o coração, de olhos fechados, assim, a outra pessoa? será que vamos ser capazes de, mais uma vez, nos colocarmos num posição frágil e insegura, por amar tanto outra pessoa? que nos arriscamos a cair? a sofrer? a viver tudo, mais uma vez? Esquecer alguém não é fácil. É uma verdadeira montanha-russa. São dias melhores, dias piores. São semanas sem nos lembrarmos do que aconteceu e, depois, assim de repente, algo acontece, alguém diz alguma coisa, e volta tudo. Como se tivesse acontecido ontem. Choramos como se nunca tivessemos chorado. Sentimo-nos, de novo, traidas, magoadas, desiludidas. Será que depois de tudo isto, ainda temos coragem de voltar a abrir o nosso coração?
Eu acredito que sim. Eu acredito que, algures, quando a pessoa certa se cruzar no nosso caminho, vamos voltar a ser capazes de amar com a mesma intensidade, vamos voltar a ser capazes de nos entregarmos por inteiro. Talvez a medo. Talvez com umas pequenas exitações. Talvez não logo, naquele instante. Talvez demore mais um bocadinho. Já sofremos, já aprendemos, já amadurecemos e, então, já não somos crianças ingenuas que metem o pé sem primeiro avaliar o terreno. Mas acredito que sim. Que vamos ter essa coragem. Acredito que devemos ter essa coragem. Porque uma história que não correu bem não é fado para todas aquelas que lhe seguirão. Porque não podemos acreditar que todos os homens são iguais, porque não podemos culpar todos os outros pelo erro de um só. Eu sei que doi, eu sei que custa. Eu sei que, acima de tudo, aterroriza. Mas tem que ser. Temos que ser capazes de arriscar, de (verdadeiramente) amar. Não é essa a melhor forma de viver a vida?


1 comentário:

  1. nem mais. Cada pessoa é uma pessoa, cada história é uma história :) não podemos ter medo de ser felizes (e mesmo de ser infelizes...). Tudo acontece por alguma razão e mesmo quando parece que tudo está errado, no fim tudo acaba por bater certo!

    Muito obrigada por toda a explicação :D. Eu realmente queria umas assim com padrões mais divertidos e "malucos" lol, mas também não queria estar a dar muito dinheiro..gostei daquelas da Lanidor, mas mesmo assim queria algo mais... ainda acabo por escolher algumas do site ilovegalochas.com. Vamos lá ver :P

    Beijinho grande*

    ResponderEliminar